Hoje é dia de dizer que a culpa não foi dela. - Mmmaaãeee! A culpa não foi sua! Virou até piada terapêutica.
Mas dá pra ousar mais um pouco: - Mmmaaãeee! O mérito foi seu!
Olhe bem. No mínimo, ela gestou você. Isso já é muito.
Ela doou o próprio corpo, baby. Generoso, né? Então, vá devagar.
Com certeza ela não é perfeita. É humana e carrega as carências do mundo.
Já foi criança (vez em quando ainda é). Teve de crescer e dar conta. E deu. Olhe direitinho.
A mãe não é só peito, colo, cais, saco de pancada, juiz, vigia, Maria de Nazaré.
Ela é fêmea, bailarina, amazona, estrela principal da própria vida (e a gente que pensava que a mãe só servia como assistente da nossa história nos delírios deliciosos da nossa mais inocente tirania).
Ela também tem desejos que vão além de você.
Ficou com ciúme? Normal.
Eita coisa apaixonante difícil de largar.
Mas você não é mais neném, fez terapia e tudo...
Foi ela que pagou? Putz, jovem! Tem certeza que a culpa é da sua mãe?
Rapaz...
Como diz o velho Chico (que sua mãe deve adorar por sinal 😉):
- Deixa a sua mãe contente! Deixa ela sambar em paz!